Frete Grátis acima de R$ 700,00 e parcelamento em até 5x sem juros
Tamanho: 21 cm de altura / 5 cm de largura.
Origem: Ilha do Ferro - Alagoas
História :
Aberaldo sempre lidou com madeira. Mas foi no início dos anos 80 que começou a esculpir peças para vender, cabeças humanas. Alguns amigos de Maceió o visitaram, viram o trabalho e levaram para a capital. Lá, passou a vender para os turistas. Desde então não parou mais de esculpir. Se concentra na figura humana, de corpo intencionalmente deformado, quando não disforme ou até fantasioso, com uma expressividade que se tornou marca registrada em sua obra. Uma paleta de cores é harmoniosa e vibrante.
Aberaldo conta que toda a geração de artesões de antigamente trabalhavam com artesanato. Os pais, avós, toda a família produz. “Um conhecimento muito antigo, de quando todo mundo sabia fazer alguma coisa”. Na época não havia transporte. Tudo se dava através dos rios. E pelas águas do Velho Chico era o avô que fazia o transporte de todas as coisas, a bordo das duas canoas feitas com as próprias mãos. O pai também era fazedor de barcos, fonte de inspiração ao filho, hoje escultor. “As pessoas me perguntam com quem eu aprendi a artesanato fazer e eu não acho que eu aprendi com alguém, com uma pessoa, mas é um dom que vem com a família.”
Casou muito novo, trabalhei muito tempo na roça, ajudando o pai. Não dava para se sustentar com o trabalho de artesanato. Mas de uns 10 anos pra cá diz que muita coisa melhorou. A Ilha do Ferro se transformou em um dos mais importantes e expressivos polos de produção de arte popular do Brasil. Aberaldo e outros artistas da Ilha usufruem de um presente próspero, vivem bem com o legado desse sertão cheio de herança, memória, cultura e arte.
Não se esqueça de citar o fotógrafo alagoano Celso Brandão como uma das pessoas mais importantes na divulgação do seu trabalho e de outros artistas da Ilha, e também Tania Pedrosa, a Pousada do Toque, dos proprietários Nilo e Gilda. Em 2017, através da curaria de Marco Aurélio Pulchério integrou a galeria de arte popular na novela da Rede Globo, A Lei do Amor. Foi uma divulgação importante que foi lançada nacionalmente e possibilitou, posteriormente, ser reconhecida em sua própria comunidade. Era anônimo no povoado até então, mesmo com suas obras “povoando” importantes coleções de arte, galerias e museus no país. “Nunca imaginei chegar onde cheguei com o artesanato.”
Aberaldo é nascido e criado na Ilha do Ferro, Alagoas, um povoado às margens do rio São Francisco, isolado até os anos 80. Entranhado em plena caatinga, ele utiliza variedades de madeira da região: mulungu, craibreira (ipê amarelo que se encontra na encosta do riacho), umburana (uma das melhores, porque nunca dá “bichinho”), pereiro (“amarelenta”). Se alegrar em oferecer ofertas mais nobres para materiais tão nobres. Em seu atelier, no quintal colado a sua casa, fala orgulhoso do jardim com muitas plantas. Dedica-se a elas. E é lá que expõe suas peças. Nessa galeria a céu aberto acomoda generosamente obras de outros artistas locais, colegas, amigos. Com uma localização privilegiada (sua casa se situa na rota de exploradores curiosos que tem nesse cenário único um ponto de parada) - sua propriedade é hoje uma hospedagem singular, de portas abertas para turistas, lojistas, pessoas que passam. “Você sai da Ilha do Ferro e não existe em outro lugar do Brasil o que você encontra aqui”.
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Esse texto acima foi extraído do site da Artesol (www.artesol.org.br)
A ArteSol é uma organização sem fins lucrativos que atua há mais de duas décadas investindo na valorização e promoção do artesanato tradicional brasileiro, por meio de estratégias focadas na sustentabilidade socioeconômica, cultural e ambiental das comunidades em que atuamos. O objetivo principal é apoiar a segurança do fazer artesanal de tradição, mantendo vivo o patrimônio imaterial ligado a essa atividade e promovendo a autonomia dos artesões e a geração de renda para seus núcleos produtivos.
A Etnias Mundi é uma loja que busca reunir os conceitos de sustentabilidade, consumo consciente, ancestralidade e trabalhos manuais de alta qualidade a fim de construir uma curadoria de objetos que mudam o mundo e seguem os valores do comércio justo gerando impacto positivo nas comunidades e famílias de artesãos. Nós acreditamos que objetos feitos à mão carregam muito mais do que a estória e as raízes de cada povo. Eles ajudam famílias, valorizam a diversidade, mantêm a cultura viva, mas principalmente, eles levam para onde forem, o cuidado de quem fez.
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